algumas razões para amar a gastronomia
Nesta semana, um senhor me perguntou o que era alho poró. Ele disse que ouvia muito falar deste tal de alho poró, mas nem imaginava com o que se parecia.
Mostrei uma imagem do alho poró no celular e tentei descrever o cheiro e o sabor. Disse que o sabor era parecido com cebolinha, cebola e alho e sugeri utilizar em sopas, refogados ou grelhada na churrasqueira.
Ele anotou as sugestões e disse que tentaria fazer no fim de semana.
Hoje de manhã, durante a aula, fiquei realmente feliz.
Feliz porque meus alunos estão curiosos. Feliz porque senti que conseguiram quebrar a barreira do alimento desconhecido.
Recordo que quando iniciamos o curso, alguns (ou quase maioria) traziam uma bagagem gustativa definida. Era muito comum escutar: "não gosto, professora" ou "prefiro tal coisa".
Ao logo dos meses comecei a notar uma mudança no comportando deles.
Hoje percebi o quanto eles se esforçaram em degustar pratos diferentes, conhecer novos sabores e arriscarem em novas combinações.
Ninguém é obrigado a gostar de tudo, mas sei que estes alunos deixaram o preconceito de lado para aprender.
Fui tomar um café na padaria perto do trabalho. Me sentei ao balcão e pedi um espresso. Quando o atendente perguntou "curto ou ristretto", quase caí da cadeira! Nunca esperava escutar tal pergunta naquele local.
E o espresso? O café não estava nenhuma maravilha, a crema ficou meio aberta. Mas o produto e o serviço estavam muito acima da média para o tipo de estabelecimento.
Postado por Nina Moori.